Wednesday 25 April 2012


Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa. 
Exposição: Fernando Pessoa, Plural como o Universo
24.04.12

Saturday 21 April 2012

Eu gostava, enquanto criador, de assumir uma posição autocrática: levar o espectador para dentro de um mundo que eu construísse, onde quem ditava as regras era eu. Ele podia manter a distância e a liberdade do seu juízo crítico, mas primeiro tinha de entrar dentro da obra (ou do espaço, mas alargado da exposição). E, tendo entrado, estava apanhado como um pássaro numa gaiola, até encontrar a porta de saída. Enquanto estivesse dentro sujeitava-se a uma experiência, ou a uma vivência, que até certo ponto eu determinava. Aceitava ver o que eu propunha, de algum modo através dos meus olhos. Só depois era livre de olhar outra vez com os seus, e recusar tudo se quisesse. Era a sua vez de jogar, na segunda parte do jogo. Mas a primeira jogada era minha.

Teolinda Gersão, A Cidade de Ulisses

Tuesday 3 April 2012

Counting Sheep


After lying in bed for over an hour trying to fall asleep, I decided I’d attempt the famous ‘sheep counting’ method. I closed my eyes and tried to visualize sheep jumping over a fence so I could start my descent into wonderland. However, I soon found I just couldn’t do it. No sheep appeared and the fence was left untouched. I opened my eyes, and gazed into the darkness that enveloped my room. My eyes were tired, so I closed them once again – this was it, second attempt. This time, though, something incredible happened: instead of sheep on a lawn, I was seeing a vast and deserted icy land, when suddenly a penguin flew right before my eyes, accordingly I counted: one. Then, so many penguins started darting before my eyes that I couldn’t even count them all. If this was supposed to get me to sleep I doubt it would work as I was feeling flustered for not even being able to count a few penguins, so I eventually just watched them zooming past me, back and forth they went, slowly rocking me into a slumber.