As crianças acenaram da janela. Felizes. Felicidade que naquela idade não é difícil alcançar. No início algumas sentaram-se, isoladas, não interagindo com os colegas, nem connosco. Minutos depois já andavam aos pulos à nossa volta. Ingenuidade. Pureza. Acima de tudo, alegria. O que eu não dava para voltar a ter a idade deles e esquecer-me das preocupações que a idade nos traz, mas isso não é possível e, se calhar, é uma mais-valia. No momento de partida, houve crianças que não se quiseram despedir. Agarraram-se a nós, prendendo as nossas pernas. Começaram a fazer as típicas birras de criança: houve crianças que choraram e houve crianças que gritaram. Saímos da sala. Olhámos para dentro momentos depois – as coisas tinham voltado ao normal. Agiam como se nunca lá tivessemos estado. As birras tinham cessado. O choro tinha parado. A única marca de que lá tínhamos estado era a desarrumação.
A felicidade, após uma breve ausência, já se tinha instalado de novo. A memória da nossa visita quase apagada.
A felicidade, após uma breve ausência, já se tinha instalado de novo. A memória da nossa visita quase apagada.
9/12/10
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